Eleições e Vontade de
Deus
Muitos pensam que em nossos dias, nas nações ocidentais e
democráticas, que os governantes são postos por Deus. Isto não é a verdade
bíblica.
Pensamos assim porque confundimos a forma de governo dos
povos bíblicos e a forma de governo ocidental. Na Bíblia, os governos eram
monarquias ou impérios e, em nosso caso, os governantes são postos pelo voto
direto.
Lá, o governante era posto por direito de nascimento ou por
conquista militar, aqui, pela vontade do povo. As monarquias eram vistas como
empossamento divino desde a antiguidade, no Ocidente é a vontade do povo que
prevalece.
Quando o povo de Deus quis um governante semelhante aos
povos ao seu redor, Deus disse a Samuel que eles O estavam rejeitando (1 Samuel
8.7). Portanto, a vontade do povo não é a vontade de Deus.
O Novo Testamento nos ordena a sermos sujeitos às
autoridades quaisquer que sejam (era um império quando Paulo escreveu isso) e a
orarmos por qualquer que esteja em posição de governo sobre nós por estes
motivos simples:
"Admoesto-te, pois, antes de
tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por
todos os homens;
Pelos reis, e por todos os que
estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a
piedade e honestidade;
Porque isto é bom e agradável
diante de Deus nosso Salvador,
Que quer que todos os homens se
salvem, e venham ao conhecimento da verdade.
Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
O qual se deu a si mesmo em preço
de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo."
1 Timóteo 2:1-6
Em Apocalipse 18, a Babilônia, a representação do governo do
homem em detrimento ao governo de Deus será julgada e destruída e, ao final, as
nações serão eliminadas no Armagedom (Ap. 20). Um novo governo será implantado
para todo o sempre em Apocalipse 21. Aí, a plena vontade de Deus será
estabelecida por toda a eternidade.
Bp. Carlos Carvalho
Outubro de 2014