segunda-feira, 23 de maio de 2016

A Igreja, uma noiva pura e bela


A IGREJA, UMA NOIVA PURA E BELA

O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura.
2 Coríntios 11.2

Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela
para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra,
e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável
Efésios 5.25-27

Quem nunca foi a um casamento? Quem jamais admirou a beleza da cerimônia e da noiva vestida para o momento? Há pouquíssimas pessoas na Terra que não consideram uma mulher ou uma jovem vestida de noiva como algo de grande beleza.

A igreja é a noiva do Cordeiro, a noiva de Jesus. Como os textos acima descrevem, Ele é o esposo que a escolheu, que a está preparando para recebê-la no dia do casamento que acontecerá no tempo determinado por Deus (Apocalipse 19.7-9).

Uma noiva simboliza duas coisas especiais: a beleza e a pureza. Isto também traz dois significados para cada igreja local na face da terra: 1) Uma igreja local deve demonstrar sua pureza doutrinária, de fé e de santidade, porque está comprometida com seu noivo, e 2) Uma igreja local deve ser também bela, ou seja, atrativa, a fim de que todos que a vejam desejem participar de seus cultos e admirar e respeitar a sua existência.

Eis o nosso grande desafio para nossas igrejas locais de nossos dias: fazer com que elas reflitam a realidade da noiva do Cordeiro. Isto que dizer ser puras na doutrina, na fé e na santificação, mas também ter condições de atrair as pessoas de fora por sua beleza e singeleza do seu ambiente de culto e das suas relações.


Carlos Carvalho, 14 de maio de 2016

Bispo da Comunidade Batista Bíblica

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Passividade Cristã


PASSIVIDADE CRISTÃ

Tenham cuidado, pois os homens os entregarão aos tribunais e os açoitarão nas sinagogas deles.
Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios.
Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizer. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês.
Mateus 10:17-20

Vivemos numa época em que os temas de ordem são a tolerância mais ampla, principalmente a religiosa, os direitos humanos mais plenos, principalmente na aceitação de comportamentos sexuais que antes eram tidos como imorais, e a igualdade social, onde a distribuição de renda é a principal ação para equilibrar o enorme abismo entre os que mais têm e os que menos têm, sem, contudo, criar mecanismos de avanços pessoais para os auxiliados. Todavia, todas essas agendas são reais, necessárias em muitos níveis e precisam ser implementadas dentro da lei, do bom senso e da ética.

Os cristãos evangélicos[1] em sua grande maioria são os que mais têm problemas conceituais nas situações apresentadas acima, isto porque há uma clara divisão entre nós acerca da maneira como devemos agir em relação a elas: ou nos calamos e vivemos nossas vidas tranquilamente achando que nada nos atingirá ao longo do tempo, ou nos levantamos e pelos mecanismos sociais e políticos que dispomos tentando mudar o rumo das coisas. No fundo, como diz o profeta Elias[2], estamos “coxeando entre dois pensamentos”
.
É preciso contextualizar urgentemente a época na qual vivemos para compreender a nossa maneira de agir. Quando os apóstolos e discípulos dos primeiros três séculos viviam, eles estavam debaixo de um império onde apenas o desejo de um monarca seria suficiente para que fossem mortos das maneiras mais brutais. Nos demais séculos até que viesse a Reforma, o Iluminismo e a Revolução Industrial, os cristãos estavam submissos ao Catolicismo e aos reis, príncipes e dominadores, sob os quais também não possuíam direitos assegurados em sua liberdade[3].

Também é preciso levar em consideração outras duas situações atuais. Não vivemos em países ou regiões controladas por religiosos fundamentalistas onde ser cristão ainda é considerado um crime punível com a morte, nem habitamos em países autoritários e não democráticos, onde os cristãos vivem sem direitos de culto e com a possibilidade de perderem seus bens ou de serem presos. Vivemos em países livres ou moderadamente democráticos com direitos assegurados por Carta Magna e por leis que garantem nossa segurança.

Aqui chegamos ao ponto nevrálgico do que queremos nos fazer compreender. Em países como os nossos, a batalha pelos direitos e pela paz social – no que diz respeito aos cristãos – não se dá somente no campo espiritual de guerra contra as forças espirituais da maldade[4] que atuam para destruir os seres humanos, mas também nos campos político e da legislação, na criação das leis que regem nossa sociedade[5]. É precisamente nestes dois últimos lugares que os evangélicos têm ficado confusos, ou seja, os crentes ainda não sabem o papel da igreja e do Cristianismo nestas áreas. Porém, isto só é visto entre os cristãos mais recentes, pois os do século XX para trás sabiam o que fazer.

Há um claro movimento político e legislativo com os discursos legítimos de tolerância, dos direitos humanos e da igualdade social, mas que tem uma agenda concreta de fazer calar o Cristianismo, em alguns casos de acabar de vez com a força de nossa crença. Há movimentos acadêmicos, até em faculdades e universidades de confissão de fé cristãs onde a fé nas declarações sobrenaturais da Escritura, as narrativas bíblicas e a própria Escritura são relativizadas, mitologizadas e desacreditadas. Além de um bom número de movimentos chamados sociais que têm um claro viés totalitário, comunista e socialista, nos quais o Cristianismo não goza de aceitação.

Portanto, Cristianismo, cristãos evangélicos e protestantes não podem aceitar passivamente o calar de suas vozes em nome de agendas politicamente corretas ou legítimas, mas que inequivocamente possuem intenções não ocultas de destruir a nossa fé, e para ser menos grave, de no melhor das opções, nos transformar em passivos observadores, meramente igualados num grande “ecumenismo religioso” e social no qual aceitamos que a verdade que acreditamos e pregamos é apenas um pedaço do grande mosaico da “verdade maior”, ou seja, da grande mentira religiosa gerada pela antiga serpente lá no Édem[6].

Deus nos deu as armas para o combate excelente em todos os níveis que este se nos apresente, quer no campo espiritual, quer no campo da verdade, seja no campo político e da legislação ou no campo religioso. Não podemos ser passivos e tampouco nos calar na proclamação da mensagem da fé e da verdade, mesmo que desagrade a quem quer que seja, políticos, movimentos sociais ou religiosos. Nosso papel é maior do que alguns querem nos fazer acreditar, mesmo sabendo que o mundo continuará deteriorando-se moralmente até o retorno de Cristo[7].

“...o cristianismo é uma religião de luta.”
C. S. Lewis
Cristianismo Puro e Simples


Carlos Kleber Carvalho
Teólogo, Cientista Social, e Bispo da Igreja da Cidade - CBB.
Guarulhos, SP.

Notas:

[1] Me refiro a esse termo para inserir todos os crentes protestantes e não católicos, mas não tenho por ele apreço pela forma como é banalizado em nossos dias.

[2]1 Reis 18:21.

[3] Não estou fazendo juízos de valor sobre estes temas. Houve os pontos positivos e negativos deles, mas não há espaço para essa discussão aqui.

[4] Aos efésios 6:12.

[5]1 Timóteo 2:1-2.

[6]No livro do Gênesis, capítulo 3, a serpente consegue enganar a primeira mulher relativizando e alterando o sentido das palavras ditas por Deus e lhe sugerindo o conhecimento de uma “verdade” que, segundo ela, Deus estava ocultando do ser humano. O resultado foi a morte espiritual e física dos descendentes de Adão.  

[7] Mateus 24:12

quarta-feira, 4 de maio de 2016

PRECISA-SE Urgente de mestres da Palavra


PRECISA-SE de mestres da Palavra


“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse."
Atos 8.30,31

Se existe um momento histórico no qual mais somos necessitados de verdadeiros mestres da Palavra de Deus, é o tempo no qual vivemos.

A imensa quantidade de indivíduos que se arvoram pregadores e ensinadores da Bíblia cresceu tanto, que não se tem mais nenhuma forma de controlar as coisas heréticas que são bombardeadas no seio da comunidade da fé cristã hoje. Claro que Jesus e os apóstolos já haviam antecipado por palavra profética os dias em que esses falsos mestres e profetas estariam passeando livremente na igreja pervertendo a fé de muitos. Isso não é novidade.

As pessoas em nosso tempo, por mais acessos ao conhecimento que tenham, estão profundamente necessitadas do verdadeiro conhecimento bíblico, de conhecer o Cristo e o Deus revelados nas Escrituras de forma íntegra, sem parcialidades. Felipe é o nosso exemplo, não apenas de um evangelista-diácono digno da obra que realiza, mas também de um homem que está preparado a qualquer momento para trazer luz ao entendimento daqueles que leem a Bíblia e os seus textos, sem, contudo, compreendê-la bem. O versículo 35 deste capítulo é maravilhoso:

"Começou então Filipe a falar, e, principiando por essa passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus."

É exatamente disso que precisamos, de homens conhecedores das Escrituras, que em qualquer parte dela saibam explicá-la e levar o entendimento da revelação de Jesus Cristo a todos os que assim o desejarem.

A graça de Deus seja com todos e todas que creem.


Bp. Carlos Carvalho
2013/2016