terça-feira, 29 de novembro de 2016

O Preço Justo - vencendo a crise


O PREÇO JUSTO
Série Vencendo a Crise


Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer.
Provérbios 11.1


O que uma crise financeira macro tem a ver com o preço justo dos produtos? Tudo! Grande parte dos empresários e negociantes não trata dignamente a questão da valorização e do cálculo para precificar seus produtos. Mesmo que particularmente considerem sua marca ou produto como importante, que a margem de seu lucro é a correta ou que o custo-benefício relacionado com a produção e logística justifique o valor praticado, nem tudo é uma questão somente técnica.

A precificação de um produto leva muito mais em conta do que somente os valores inseridos em sua cadeia produtiva, também são necessários uma pesquisa de mercado, verificar a demanda, compreender os riscos a longo e médio prazo do produto ficar em estoque pela demora na venda e etc. Porém, a meu ver, o mais importante é que o preço precisa ser justo de fato e não somente uma confluência de números.

O texto de Provérbios nos indica a preocupação correta e necessária com o produto e com a venda dele na ponta que chega a quem o consumirá. Preço justo ou balança justa fala de uma integridade naquilo que estamos apresentando como algo útil e bom. Tem a ver com vender exatamente o que anunciamos e ter o peso exato impresso no recipiente. Balança justa é dar o preço correto, sem usarmos a esperteza para extrair mais do que de fato a coisa vale.

Balança enganosa é a esperteza de negociantes que esperam levar vantagem em tudo, que mentem para vender, que escondem os problemas e os danos dos produtos, que declaram que fizeram melhorias sem nunca as terem feito, que anunciam valores muito acima do esperado e que esperam lucrar com percentuais mais do que seria o normal, como 200, 300, 400 e 1000%, por pura ganância.

A crise que vivemos em nossos dias não é fruto somente de engodo político e corrupção estatal ou partidária, mas também de ganância, de mentiras corporativas, de preços abusivos, de propagandas enganosas, de descontos inexistentes, de produtos de péssima qualidade vendidos como os melhores e assim por diante. A usura maligna, a ganância exacerbada, os lucros exorbitantes e o amor desenfreado ao dinheiro estão na base que subjaz a crise que enfrentamos.

As únicas saídas já as conhecemos: humildade, preço justo, venda correta, eliminação da corrupção endêmica em nossa nação, o resgate da moral e da ética cristã nos negócios – até mesmo entre os ditos cristãos que praticam as mesmas coisas horrendas – não comprar nada até que o preço se ajuste, fazer pesquisa de preços, deixar de ter se necessário para não enriquecer gananciosos e coisas parecidas a estas que integram o que chamo de justo comércio.

Sair de uma crise também é uma questão de consciência. Avante!


Bp. Carlos Carvalho
29 de novembro de 2016


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