quarta-feira, 20 de maio de 2015

13 Verdades Inquestionáveis do Antigo Testamento

13 Verdades Inquestionáveis do Antigo Testamento



Desde o ano de 2013 tenho pensado nos termos deste título. Se pudéssemos compilar em frases curtas ou axiomas, quais seriam, em linhas gerais, as principais verdades encontradas na Antiga Aliança, o que encontraríamos?
Sendo assim, descrevi treze destas verdades inquestionáveis que claramente se pode obter da leitura do que erroneamente é chamado de Velho Testamento. Não são as únicas, certamente há diversas, mas estas são tão óbvias, e por isso inquestionáveis.

Um.
Deus não tem substitutos (Deuteronômio 6.4,5)
Esta e a verdade central da Antiga Aliança e das Escrituras hebraicas. Deus é um e único, não há ninguém como Ele, Ele é singular e nada pode ser comparado a Ele. É Criador, mantenedor da vida, Dono do universo, Senhor de tudo.

Dois.
Deus sempre nos permite uma escolha (Deuteronômio 30.19)
Deus, embora Senhor e Soberano, não criou robôs, mas seres humanos à sua imagem e semelhança, e por isso, dotados de vontade e escolha. Ele nos permite escolher até mesmo não crer nEle e não andar em seus caminhos, mas também nos responsabiliza por nossas decisões.

Três.
A Palavra de Deus é a fonte da prudência e do sucesso pessoal (Josué 1.8)
Esta é uma verdade impressionante nas Escrituras antigas. A pessoa tem a condição de trilhar um caminho próspero e correto ao meditar no que Deus deixou como instrução escrita para ela, e, ao agir de acordo com essas instruções, sua vida desfrutará de verdadeiro sucesso. Não são técnicas de sucesso pessoal ou autoajuda, mas prática diária das instruções divinas que traz real prosperidade.
 
Quatro.
O Senhor ouve o clamor do seu povo (2 Crônicas 7.13-15)
Por todos os livros do chamado Antigo Testamento a oração ocupa lugar de destaque. É a oração, o clamor, os pedidos de socorro do povo de Deus que O fazem agir por eles. É a resposta do clamor e da oração que traz de Deus, vitórias sobre os inimigos, ressurreição de mortos, multiplicação de alimentos, milagres, juízos e muito mais. Por toda a Bíblia Deus ouve o clamor de seu povo e responde.

Cinco.
O nosso Deus restitui (Jó 42.10)
Não é somente no livro de Jó que se vê Deus operando a restituição a um homem de seu estado anterior de bênção e paz, mas isso é visto na lei da remissão (Deut.15), na restituição do prejuízo ao próximo (Êxo.22), e é promessa profética para o povo (Joel 2). A restituição é tema comum na Antiga Aliança e aborda muitos aspectos da vida comunitária.

Seis.
Deus é bom (Salmo 103.1-17)
O Senhor é bom e sua misericórdia – que é a manifestação amorosa desta bondade – dura para sempre. É isso que a Antiga Aliança ressalta deste sempre. Mesmo em meio a um mundo cruel e contaminado pelo pecado, mesmo que os seres humanos se degradem entre si em violência e mesmo que a humanidade viva desviada perversamente de Deus, Deus continua sendo bom.

Sete.
Deus nos abençoa (Provérbios 10.22)
A bênção de Deus é outra constante nas Escrituras hebraicas. Ela descreve não somente o número e o conteúdo das mesmas, mas também um estado espiritual no qual se encontra aquele ou aquela que exerce confiança no Senhor. A própria palavra para descrever a paz que vem de Deus “shalom” tem em si mesma inserida a plenitude das bênçãos que dEle procedem.

Oito.
Tudo tem seu tempo determinado (Eclesiastes 3.1)
Nas Bíblia hebraica a ideia do tempo certo, do tempo oportuno e dos acontecimentos que ocorrem nos tempos determinados por Deus é vital para a confiança e esperança do povo de Yahweh. Tudo nas Escrituras antigas tem a ver com o tempo: as coisas criadas, as genealogias, as promessas, as profecias, a restauração da habitação na terra de Israel, o futuro. Tudo absolutamente se relaciona com o tempo.

Nove.
Buscar a Deus tem prazo de validade (Isaías 55.10)
Esta verdade é algo especial no Antigo Testamento. Deus se deixa encontrar pelos homens, espera o arrependimento por parte dos pecadores, dá inúmeras oportunidades de libertação da opressão, perdoa os pecados mais graves, levanta líderes guerreiros para salvar quando necessário e coisas semelhantes. Porém, algo também é certo: quando esses tempos de espera terminam, os juízos são tão reais quanto o Seu perdão e misericórdia.

Dez.
Deus tem normas para quase todas as áreas da vida, até para as relações comerciais (Jeremias 22.13)
Quando o Senhor tirou o povo do Egito não pensava apenas em libertá-los para que vivessem da maneira que quisessem, Ele estava formando uma nação acima de qualquer coisa. Uma nação precisa de leis, de ordem, de preceitos, de normas de conduta, de legislação, de uma constituição, de leis governamentais, de código penal, de líderes, governadores e juízes e de instituições legítimas. Por isso a Lei foi dada a Israel.

Onze.
Cada um dará conta de si mesmo a Deus (Ezequiel 18)
“A alma que pecar esta morrerá”. Esta é a tônica e a forma como o Senhor trata os pecados pessoais. Há os pecados nacionais e internacionais nas Escrituras antigas, mas os pecados pessoais são tratados no foro da pessoa em particular. Cada pessoa dá conta de si mesmo a Deus, isto significa que cada um é responsável por sua parcela de erro e receberá a justa punição por eles.

Doze.
As Escrituras são um guia seguro para a vida (Salmo 119.105)
Tudo na Escritura Sagrada aponta para essa verdade: A Palavra de Deus é suficiente, poderosa, eficaz e capaz de garantir aos que nEle confiam, segurança na vida, direção certa e luz que basta para o caminhar. Mesmo diante das dificuldades e tragédias da vida, esta Palavra é fonte de consolo e abrigo e nos leva para o lugar mais seguro que existe: o esconderijo do Altíssimo.

Treze.
O temor do Senhor é princípio para a manutenção da vida humana (Provérbios 1.7)
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. É assim que estão escritas as últimas palavras no livro do Eclesiastes. Um lembrete final para todos aqueles que querem viver bem nesta terra e também um lembrete para todos os que optarem por buscar a vaidade da vida.


Carlos Carvalho

Teólogo e Pr. Sênior da Comunidade Batista Bíblica

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