2 Crônicas 12.1
“Sucedeu que, havendo Roboão confirmado o
reino, e havendo-se fortalecido, deixou a lei do SENHOR, e com ele todo o Israel.”
Esta atitude do rei Roboão, que
era neto legítimo de Davi, parece muito com a atitude de alguns “cristãos” hoje.
Buscam ao Senhor, fazem suas campanhas de oração, dão ofertas e dízimos e se
dedicam por um tempo no que consideram a “obra do Senhor”, mas depois de um
pequeno período, após terem alcançado o que queriam, abandonam a Deus, saem da
igreja e seguem suas vidas como se nunca tivessem tido contato com o
cristianismo.
O Senhor Jesus já havia falado
desse tipo de comportamento na parábola do semeador em Mateus 13. Quando estava
explicando essa parábola, no versículo 22, disse que é o tipo de semente
plantada em meio aos espinhos. Ele ouve a palavra, portanto está na igreja, mas
o tempo vai passando e as demandas de sua vida social, profissional e sua
ascensão financeira, sufocam a palavra de Deus nele e não dá mais frutos no
reino de Deus.
Embora seja um frequentador esporádico
de algum culto, ainda contribua com o mínimo, a palavra do Senhor já não produz
mais transformações em seu interior e esta pessoa agora está exposta a todo o
tipo de veneno espiritual, e por isso, não discerne mais entre o certo e o
errado, entre o íntegro e o corrupto, nem entre as coisas santas e as profanas.
Em pouco tempo, estará afastado da comunhão dos irmãos e da presença de Deus.
O problema aqui não repousa na
igreja – se é “dinâmica” ou “saudável” – nem no modelo eclesiástico – se tem “células”
ou “ministérios” – mas o âmago, tanto em Roboão como na pessoa da parábola do
semeador, está num coração ou alma que facilmente foi enganado e iludido por
aquilo que de fato desejava. Este é o ponto nevrálgico da coisa. Tanto um como
o outro tinham suas vidas e seus projetos pessoais em mais elevada conta do que
servir a Deus com seus dons e talentos.
Quando buscamos a Deus apenas por
aquilo que Ele pode nos dar ou somente por nossos sonhos e projetos pessoais,
fracassamos na vida espiritual. O fato é que a bondade de Deus sempre estará
operando a nosso favor, mas quando conquistamos o que queríamos neste momento
Deus deixa de ser “necessário” a nós. A igreja se torna um local de “gente que
não tem nada mais a ver comigo” e a Escrituras perdem seu poder sobre nosso
caráter.
Fiquei tentado a escrever: “Deus
nos livre disso!”, mas analisando melhor, Deus não nos livrará mesmo, nós é
quem temos de perceber estas armadilhas espirituais e caminhar na direção
oposta a elas. Nós nos livramos disso!
Bp. Carlos Carvalho
Comunidade Batista Bíblica Internacional
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