quinta-feira, 27 de junho de 2013


2 Crônicas 12.1

“Sucedeu que, havendo Roboão confirmado o reino, e havendo-se fortalecido, deixou a lei do SENHOR, e com ele todo o Israel.”

Esta atitude do rei Roboão, que era neto legítimo de Davi, parece muito com a atitude de alguns “cristãos” hoje. Buscam ao Senhor, fazem suas campanhas de oração, dão ofertas e dízimos e se dedicam por um tempo no que consideram a “obra do Senhor”, mas depois de um pequeno período, após terem alcançado o que queriam, abandonam a Deus, saem da igreja e seguem suas vidas como se nunca tivessem tido contato com o cristianismo.
O Senhor Jesus já havia falado desse tipo de comportamento na parábola do semeador em Mateus 13. Quando estava explicando essa parábola, no versículo 22, disse que é o tipo de semente plantada em meio aos espinhos. Ele ouve a palavra, portanto está na igreja, mas o tempo vai passando e as demandas de sua vida social, profissional e sua ascensão financeira, sufocam a palavra de Deus nele e não dá mais frutos no reino de Deus.
Embora seja um frequentador esporádico de algum culto, ainda contribua com o mínimo, a palavra do Senhor já não produz mais transformações em seu interior e esta pessoa agora está exposta a todo o tipo de veneno espiritual, e por isso, não discerne mais entre o certo e o errado, entre o íntegro e o corrupto, nem entre as coisas santas e as profanas. Em pouco tempo, estará afastado da comunhão dos irmãos e da presença de Deus.
O problema aqui não repousa na igreja – se é “dinâmica” ou “saudável” – nem no modelo eclesiástico – se tem “células” ou “ministérios” – mas o âmago, tanto em Roboão como na pessoa da parábola do semeador, está num coração ou alma que facilmente foi enganado e iludido por aquilo que de fato desejava. Este é o ponto nevrálgico da coisa. Tanto um como o outro tinham suas vidas e seus projetos pessoais em mais elevada conta do que servir a Deus com seus dons e talentos.
Quando buscamos a Deus apenas por aquilo que Ele pode nos dar ou somente por nossos sonhos e projetos pessoais, fracassamos na vida espiritual. O fato é que a bondade de Deus sempre estará operando a nosso favor, mas quando conquistamos o que queríamos neste momento Deus deixa de ser “necessário” a nós. A igreja se torna um local de “gente que não tem nada mais a ver comigo” e a Escrituras perdem seu poder sobre nosso caráter.
Fiquei tentado a escrever: “Deus nos livre disso!”, mas analisando melhor, Deus não nos livrará mesmo, nós é quem temos de perceber estas armadilhas espirituais e caminhar na direção oposta a elas. Nós nos livramos disso!

Bp. Carlos Carvalho

Comunidade Batista Bíblica Internacional

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