sábado, 28 de novembro de 2015

Estabelecendo a Lei.

Todos nós estamos debaixo da Lei moral de Deus, homens, mulheres, judeus e cristãos.

E todos devemos obediência a essa Lei.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Deus conosco - Salmo 127

DEUS CONOSCO

Salmo 127

Este Salmo nos fala basicamente de duas coisas: da presença de Deus nos empreendimentos humanos e da descendência das pessoas.

A Presença de Deus

O texto é bem simples e diz mai ou menos assim: se Deus não estiver presente naquilo que fazemos e se Ele não for reconhecido em nossas vidas, estaremos inutilmente realizando as coisas, apenas mecanicamente, e, possivelmente não desfrutaremos dos totais benefícios delas.

Em outras palavras, construir casas, proteger o lugar onde vivemos e trabalhar extenuantemente, não trarão recompensas verdadeiras sem que Deus tenha seu devido lugar em nossos corações e atividades. O texto não está dizendo que não devemos construir, que não devemos promover nossa segurança da maneira que pudermos nem que não precisamos trabalhar, está dizendo que, em primeira instância, devemos colocar o Senhor como princípio fundamental de tudo, senão, corremos o risco de tudo ter sido em vão.

Descendência

Igualmente, os nossos filhos são preciosos aos olhos do Senhor, não porque Ele deseje que “enchamos a terra” hoje com inúmeras crianças e sem planejamento familiar, mas porque a vida gerada e a vida que é representada neles vêm de Deus. No passado, ter muitos filhos era sinal de riqueza para um homem por causa da quantidade de pessoas que estariam envolvidas na construção, crescimento e enriquecimento dos clãs familiares.

Para a Escritura, ter filhos é perpetuar seu legado e seu nome na terra. Ter filhos é honroso porque dá continuidade à espécie humana. Ter filhos dá esperanças aos seres humanos que ainda continuarão a existir no mundo. Ter filhos é como “lançar flechas”, ou seja, desejamos que eles vão muito mais longe do que fomos. Num mundo como o nosso, que parece que apenas existem dois extremos: ou (1) as pessoas fazem filhos irresponsavelmente ou (2) resolvemos isso com o aborto, o texto nos mostra a imensa responsabilidade de tê-los, como uma herança que vem de Deus e que deve ser bem cuidada e como o legado bendito que devemos deixar à próxima geração.


Carlos Carvalho

domingo, 22 de novembro de 2015

Afirmações de celebridades podem ser contestadas?


Afirmações de celebridades podem ser contestadas?
Daniela Mercury afirma na ONU que "Deus não é homofóbico"

Esta é a frase que aparecia em veículo de comunicação social na internet. A frase foi declarada pela cantora Daniela Mercury, que é embaixadora do UNICEF e afirmou que "Deus não é homofóbico" durante um evento na sede das Nações Unidas para defender os direitos das pessoas LGBTI (cada vez mais a sigla aumenta) na América Latina.

O estranho é que seu papel de embaixatriz da UNICEF não corresponde a esse tipo de agenda.  O Fundo das Nações Unidas para a Infância (em inglês United Nations Children's Fund - UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento, portanto, não é uma agenda homoafetiva.

Como suas declarações foram mais que públicas, foram veiculadas ao mundo, acredito que questionar qualquer uma delas não deva me trazer processo judicial, nem ser tomado como um “palatino preconceituoso em defesa do arcaico conceito religioso e fundamentalista homofóbico”. Acho que dá para me livrar desta, espero. Analisemos as frases da cantora:

“Deus não é homofóbico”

Ela está certíssima em fazer esta afirmação. Nenhum cristão em sã consciência diria tal aberração acerca de Deus. Deus não é homofóbico, simplesmente porque não é. Porém, aqui temos um dado importante: Deus não ser homofóbico, não significa que apóia a homoafetividade. São duas coisas bem diferentes, em outras palavras, não ser homofóbico, no caso de Deus, não o transforma automaticamente em defensor das uniões homoafetivas.

Quando um juiz, que tem opiniões firmes e contrárias acerca da homoafetividade, dá causa favorável a uma questão homoafetiva, ele não se transforma em defensor da orientação LGTBI, nem tampouco por ter opiniões pessoais divergentes se torna homofóbico, porém, ele assume a posição neutra, pois terá que julgar de acordo com os autos e com a Lei.

O caso de Deus é extremamente semelhante. Deus está como neutro nesta circunstância pelo fato de que suas leis e estatutos já preveem suas orientações sobre o caso. Deus não é homofóbico, mas expressamente declara-se contrário à prática homoafetiva na Escrituras que inspirou. É bem simples, portanto: a declaração da cantora está correta, ela apenas não foi mais adiante no conhecimento de Deus, e isso certamente conscientemente.

Ainda teríamos, prioritariamente, que perguntar a que tipo de “Deus” a cantora se refere. Isto porque o Deus judaico-cristão, que se revela na criação e na Escritura Sagrada, que deixou parte de seus pensamentos e vontade impressos no registro histórico da Bíblia, que tem leis, ordenanças, mandamentos e desejos bem claros quanto ao comportamento do ser humano e que é anterior a tudo o que existe, inequivocadamente não esse “Deus” inventado à revelia da mente dos homens e mulheres do mundo. Depois ela soltou mais uma:

“Deus me fez como sou...”

É claro que por inferência Deus é o criador do ser humano, mas isso de forma indireta. Deus só se envolveu diretamente na criação do primeiro casal e deu a eles o privilégio de se multiplicarem sobre o planeta, e isso tem funcionado bem até hoje. Porém, Deus não fez a cantora como alguém gay, ela “descobriu” isso após muitos anos de vida, e após ter sido casada duas vezes com homens e ter filhos. Só depois disso “encontrou” a homoafetividade.

Se o Deus a quem ela se refere, já vimos que, não sendo homofóbico, não apóia a homoafetividade, então Ele não criou nem a cantora nem ninguém como LGTBI. Portanto, sua declaração é mais uma coisa solta ao vento que carece de substância para ser verdade. Deus é criador dos seres humanos, mas as escolhas deles não foram sancionadas nem aprovadas por Deus. É preciso tratar essas declarações com duplo entendimento.

Isso é o mesmo que uma pessoa psicologicamente comprometida, como um psicopata, um serial killer, um estuprador ou outro dizer que Deus o criou desta forma, isso não é verdadeiro. Mesmo que a comparação seja brutal para algumas pessoas, isso não remove o fato de que algumas vezes estas pessoas dizem exatamente isso. Elas não sentem verdadeiramente a culpa pelos seus erros, mas dizem que nasceram assim e que suas ações não poderiam ser controladas, pois são parte de sua essência. Se Deus é criador direto deles, portanto, Deus é, em última instância, o co-autor destes crimes.

Isto se converte num tremendo absurdo de declaração, mas é exatamente assim que alguns sem entendimento querem nos fazer acreditar. Por isso, dizer que Deus criou alguém de uma forma bela, educada, bondosa e afins, não anula a mesma possibilidade de dizer que Deus criou o outro como ignorante, criminoso e violento. Essa ambigüidade possível não corresponde aos fatos da criação e atenta contra o arbítrio humano que insiste em escolher uma vida separada deste Deus. Mas a cantora solta duas frases bem contraditórias:

“Queremos direitos iguais, mas não queremos ser iguais", e “diferentes nem opostos, são simplesmente pessoas".

Bem ao estilo daqueles que gostam de criar confusões nos conceitos, sem, contudo, discernirem apropriadamente o que dizem. Não é preciso muito para compreender que a cantora se atrapalhou nas questões de identidade pessoal e coletiva. Somos seres únicos, porque não há ninguém como o outro, e isso atesta a nossa individualidade como pessoas, mas ao mesmo tempo, somos seres que desfrutam das mesmas características dos outros seres humanos, e isso aponta para a nossa coletividade.

Dizer que “não queremos ser iguais”, mas não sermos “diferentes nem opostos”, e ainda criarmos uma classificação para isso, chamando de “pessoas”, é fazer duas coisas: a primeira, um reducionismo da identidade a tal ponto que nos perdemos no coletivo, e, consequentemente, não saberemos quem de fato somos, e segundo, dá à coletividade, chamada apenas de “pessoas” uma prioridade e prevalecência sobre a própria individualidade, fazendo com que, ao final, os direitos pessoais desapareçam.

Uma frase desta, falada com tanta simplicidade, sem medir as consequências, é no mínimo contraditória. Opostos desta qualidade não se sustentam, se anulam a si mesmos. Não podemos afirmar que a cor preta é a mesma que a branca, pois são diferentes, ainda que possam “conviver” harmoniosamente no universo das cores, não são a mesma coisa. Cada uma guarda sua individualidade e característica própria.

Uma contradição, na lógica clássica, é uma incompatibilidade lógica entre duas ou mais declarações. Estas proposições, quando feitas ao mesmo tempo, geram conclusões que formam inversões lógicas, geralmente opostas uma da outra. A lei de Aristóteles da não-contradição afirma que "Não se pode dizer de algo que é e que não é no mesmo sentido e, ao mesmo tempo", ou seja, as afirmações acima da cantora são opostas, por isso são contradições.

Finalizando

Finalmente, a pessoa com quem a cantora se casou declarou que a homossexualidade sempre esteve presente na história da humanidade, e pediu que a sociedade se preocupasse mais com a violência e discriminação que existem no mundo e não com quem cada um ama. Parecem ser bem colocadas e verdadeiras, mas precisam de mais clareza e perspicácia.

A homossexualidade nem sempre existiu na história da humanidade. É necessário ter todo o conhecimento da história humana para fazer tal declaração e isso não é possível e jamais será. Ninguém tem o conhecimento total da história da humanidade. Portanto, dizer “que em toda a história”, não é verdadeiro, somente podemos dizer que na parte dos registros possíveis que possuímos isso ou aquilo foi verificado, não mais. Declarações totalizantes são tão ingênuas como perigosas.

Se voltarmos nos registros que possuímos da história e neles incluindo a Bíblia, veremos que a homossexualidade tem local e datas aproximadas de “aparecimento”. É quase unânime citar a Grécia antiga como ponto de partida para a maioria dos comportamentos homoafetivos, mas a Grécia surgiu de fato em uma data próxima de 700 anos antes de \Cristo, portanto, cerca de 2.800 anos atrás e com pouquíssimo erro cronológico. Ao incluirmos o relato bíblico de Sodoma, retroagimos no tempo em mais de 3.000 mil anos antes de Cristo. Neste caso, faço um favor ao movimento mostrando data tão antiga. Mesmo assim, a homossexualidade não existiu sempre na história humana, ela é antiga, mas não uma constante.

A última frase que a companheira da cantora é profundamente preocupante, não por ser perigosa, mas por ser sem nexo. Veja bem, se devemos nos preocupar apenas com a violência e com a discriminação, mas não com “quem cada um ama”, isso significa pelo menos outras duas coisas: uma é que crimes passionais não seriam em última análise crimes. Vemos e ouvimos todos os dias – todos os dias – nos meios de comunicação pessoas que amam cometerem homicídio exatamente porque a quem eles amam não lhes correspondem mais ao amor que oferecem. É precisamente esse “amor” que foi ferido, que se vinga da ferida, matando quem lhe feriu, e, ainda declaram em suas confissões que foi por amor que fizeram isso. Não vamos nem entrar nos casos de homicídio seguido de suicídio, certo?

A segunda coisa é que a definição de “amor” perde o senso de moral e sua referência maior, pois se “amar” tem seu significado a partir da pessoa e não de algo externo a ela, alguém poderá “amar” uma criança de qualquer idade e não ser pedófilo, alguém pode “amar” um gato e ter relações sexuais com ele e está tudo dentro do “amor”. Tanto a pedofilia quanto a zoofilia são comportamentos reprováveis do ponto de vista ético e moral, religioso ou não, tanto no Oriente como no Ocidente. Então, dentro do sistema civil, religioso, judicial e social, a preocupação com “quem eu amo” não é desprovida de senso, mas uma preocupação legítima. Não é um policiamento puritano, mas o resguardar de limites, que, se removidos, dão luz a todo tipo de permissividade hedionda.

Pensem nisso!

Carlos Carvalho
Teólogo e Cientista Social

Fonte da matéria na rede social:
http://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias/daniela-mercury-afirma-na-onu-que-deus-n%C3%A3o-%C3%A9-homof%C3%B3bico/ar-BBng89r?li=AAaB4xI


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Creio num Deus...


Creio num DEUS...


Todo-poderoso, Criador de tudo o que existe, originador da vida em todos os aspectos dela, mantenedor das leis do Universo, invisível, magnífico, soberano, que se revela, onisciente e onipresente.

Creio num Deus absoluto; imutável, mas misericordioso; bondoso, mas justo; que se ira, mas compassivo; uno e ao mesmo trino; que condena, mas perdoa; santo, eterno, autossuficiente e observador das ações humanas.

Um Deus que detém um poder e autoridade nestes níveis, não pode ser completamente explicado nem pela Teologia, muito menos por qualquer Ciência humana. Um Deus perfeito que não pode ser discernido por mentes imperfeitas.

Para um Deus assim, não há limites, não há barreiras, não há leis fundamentais que não possam ser quebradas por sua vontade e em qualquer tempo. Para um Deus assim, todos os milagres descritos na Escritura Sagrada, incluindo a ressurreição, não são coisas impossíveis ou improváveis, mas naturais.

Portanto, jamais haverá indícios, evidências, provas ou produções do pensamento humano que possam desacreditar ou determinar que as coisas que se referem a esse Deus não sejam verdadeiras ou reais.

Creio num Deus que disse de si mesmo:

Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.
Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus.
Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?
Isaías 43.10-13


Carlos Carvalho

Novembro de 2015

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Seja agradecido a Deus!


Salmo 136

Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque sua misericórdia dura para sempre
(v.1)

SEJA AGRADECIDO A DEUS!

Esta é a tônica de todo este Salmo. Dar a Deus graças por tudo o que Ele é e faz, desde o princípio do mundo até hoje. A insistência repetitiva das palavras do versículo 1 é a ênfase na importância de tributar ao Senhor louvor e gratidão porque, ainda que não vemos perfeitamente, Deus agiu e age em nosso favor no momento oportuno.

Deus não é um mordomo no sentido moderno, que faz tudo o que pedimos imediatamente e na hora que desejamos. Ele se importa conosco, ouve as nossas orações e responde quando determina o momento exato. O texto deixa claro que Deus age na história de seu povo quando é estritamente necessário, ou seja, quando os livrou do Egito, quando abriu o Mar Vermelho, quando derrotou os inimigos, quando os levou para a terra prometida e assim por diante.

Os milagres de Deus como os descritos nas Escrituras não são feitos como em uma linha de produção, são raros e irrepetíveis, por isso, jamais iremos ver um Mar Vermelho se abrir novamente, ou a ressurreição de Cristo, nem alguns dos milagres extraordinários, no entanto, Ele continua a fazer milagres diariamente ainda, quando vemos os testemunhos de curas, de livramentos e sinais. São os mais comuns nos nossos dias, mas ainda são milagres de Deus.

Devemos nos alegrar e dar a Ele ações de graças por seus milagres corriqueiros em nossas vidas, nos lembrar de seus grandes milagres extraordinários do passado e saber que, se necessário, Deus pode fazer quantos desejar hoje. Só devemos nos lembrar de uma coisa incômoda: nas Escrituras, Deus só faz milagres na vida de seu povo e dos que creem nele, em outras palavras, o Senhor não sai por aí fazendo milagres a todos os habitantes do mundo, mesmo que muitos esperem por isso como demonstração de Sua existência, Ele não age desta forma.

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreus 11:6



Seja agradecido ou agradecida a Deus todos os dias, até nos mais difíceis, pois, mesmos nos piores dias, você ainda está vivo e viva para poder lutar mais uma vez. Essa é a diferença de quem vence todas as dificuldades pela fé ou de quem morre sabendo que lutou até o fim sem perder sua fé e esperança.





Bp. Carlos Carvalho

terça-feira, 17 de novembro de 2015

De quem é a imagem, de quem é a semelhança?


De quem é a imagem, de quem é a semelhança?

Salmo 135

Os ídolos das nações não passam de prata e ouro, feitos por mãos humanas.
Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver;
têm ouvidos, mas não podem escutar, nem há respiração em sua boca.
Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.
(v.15-18)

O Salmo 135 é mais um convite para louvar e engrandecer a YaHWeH, mas por dois motivos distintos. Primeiro pelo tipo de Deus que se revela e age, e segundo, porque os povos têm deuses inertes.
O Deus de Israel é diferente de qualquer outro porque Ele agiu na História com grandes demonstrações de poder, porque criou tudo o que existe nos céus e na terra, porque livrou o seu povo do Egito, derrotou reis e estabeleceu a nova nação no lugar que escolheu. Por isso, e se não houvessem mais motivos, Ele deveria ser louvado sempre. Mas não para por aí.

Ele deve ser louvado porque os outros deuses não são de fato deuses ou divinos, são construções da imaginação e das mãos dos seres humanos (v.15), e, portanto, não têm vida em si mesmos. São imagens que nasceram a partir da mente humana e, também por isso, são parecidos com os seres humanos. Há, nos versos destacados acima, a descrição deles e uma sentença contra os que os fazem e os que confiam nestas coisas.

Estes deuses-humanos, criados a partir da imagem e da mente humana, possuem as mesmas características humanas físicas, como boca, olhos e ouvidos, mas são apenas coisas inanimadas, que, sem vida, não podem dar respostas efetivas aos que pedem auxílio a eles. Além disso, são cobertos com pinturas e materiais valiosos para dar a aparência de beleza, mas é somente uma beleza morta.

Ao fim, a sentença para os que as constroem e confiam nestas imagens sem vida é a identificação total com elas, ou seja, as pessoas se tornam a imagem das próprias imagens que construíram. Em outras palavras, os que acreditam nelas, se tornam espiritualmente cegos, mudos e surdos para o Deus verdadeiro. As imagens frias e sem vida passam a ter um instrumento legítimo de expressão neste mundo, e isto significa que as pessoas perdem sua própria identidade e a substituem pela devoção ao que criaram.

Por isso Deus deve ser louvado, porque em nada Ele se parece com as construções da imaginação humana, não pode ser representado por imagem alguma, é vivo e poderoso, age na história e em nossas vidas e é Ele quem a todos dá a vida e o sustento. Quando estas pessoas atribuem aos seus deuses ou às suas imagens amor e gratidão, pensando que elas lhes responderam as petições, estão ignorando a bondade e a misericórdia de Deus que lhes mantém a vida e desde sempre deu aos homens o devido sustento. Assim é dito do Deus verdadeiro:

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
Atos 17.24-26

A pior consequência que acontece aos que estão no caminho da idolatria, da construção e da confiança nas imagens e no que simbolicamente representam é o triste fato de que o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, ao perder essa imagem divina, criou para si sua própria imagem e semelhança, os ídolos, as imagens. Uma queda e tanto!

Por isso somos todos convidados a louvar e a exaltar o verdadeiro Deus que não é um produto da mente humana, mas o Designer do homem e do universo.



Bp. Carlos Carvalho

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Erguei as mãos...


Erguei as mãos...
Salmo 134

Eis aqui, bendizei ao SENHOR todos vós, servos do SENHOR, que assistis na casa do SENHOR todas as noites.
Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao Senhor.
O Senhor que fez o céu e a terra te abençoe desde Sião

O Salmo 134 é um convite a louvar e adorar a YaHWeH no culto que se oferece a Ele. É um chamado à oração ao Deus da criação, e essa oração e adoração são feitas com toda a expressão da alma e do corpo. Esse ato se torna mais visível na cão de erguer as mãos a Ele.

Erguer as mãos sempre foi basicamente símbolo de duas situações humanas. A do ato de adorar à divindade – mesmo nos casos dos pagãos, que em parte isso hoje foi substituído pelas expressões de levantar as mãos para os ídolos em shows (o princípio é o mesmo), como manifestação de amor por aquele(a) a quem se admira – e do ato infantil de pedir o colo a um dos pais – e isso se refere à busca de carinho, amor e representa também dependência.

Na primeira carta de Paulo a Timóteo, capítulo 2, versículo 8, temos o desejo do apóstolo revelado para que os irmãos da igreja orem em qualquer lugar que o façam, com as motivações corretas em seu interior (sem ira e sem contendas) e levantem as mãos como expressão desse ato de adoração a Deus.

Embora alguns escritores bíblicos tendam a minimizar e “espiritualizar” a prática, referindo-se a ela como apenas um símbolo de santidade da vida dedicada a Deus e que não é um pré-requisito para se fazer orações eficazes, isso não altera em nada a verdadeira significância de se levantar as mãos em oração e adoração ao Senhor.

Somos convidados nas Escrituras Sagradas a render adoração e fazer orações das mais diversas a Deus e a também demonstrar o nosso amor, a nossa admiração e a nossa dependência dEle como crianças que pedem o colo dos pais. Isso não nos diminui como pessoas e não deve nos envergonhar por fazê-lo. É ato de profundo amor e respeito a Deus, que nos criou e em Seu Filho nos amou.

E disse: Com toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 18.3



Bp. Carlos Carvalho

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Confiança


Salmo 131.2

“...fiz calar e sossegar a minha alma; como criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para contigo.”

A CONFIANÇA

Este salmo é de Davi. É lindo e edificante estudar os salmos com a simplicidade e a profundidade que eles merecem. São declarações de almas que estão vivendo e experimentando emoções, circunstâncias adversas ou não, em momentos felizes ou de tristeza e assim por diante. Os salmos são produzidos na alma humana que ora a YaHWeH em qualquer situação de sua vida, boa ou ruim.

Este salmo específico nos demonstra a confiança que Davi tem no Senhor por saber que Deus supre e suprirá as suas necessidades quando elas acontecerem. No versículo 1, Davi inicia com humildade sua oração declarando que dentro de si o seu coração está em paz, tranqüilo e que seus anseios por grandeza, algo que alcança a todos os homens, já cessou.

O verso 2, então, descreve como ele se sente agora que está em paz, como uma criança desmamada, ou seja, que já não mama mais no seio de sua mãe. O que isso significa? Que a criança que não mama mais não entra em desespero por querer saber como é que vai se alimentar a partir do momento que seu sustento materno lhe é tirado.

Ao contrário, a criança continua no mesmo descanso no colo da mãe porque instintivamente sabe que será alimentado na hora certa. Assim Davi se sente diante de Deus, como uma criança segura que a mãe cuidará sempre e jamais deixará com fome ou passar por qualquer outra necessidade.

É assim que se confia em Deus: como uma criança confia plenamente em seus pais. Foi assim eu Jesus, Senhor nosso nos ensinou a ser:

e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.
Mateus 18.3,4


Bp. Carlos Carvalho

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Salmo 130 - As Misericórdias de YaHWeH

Salmo 130



As Ações da Misericórdia de YaHWeH

A oração deste salmista se desenrola em duas frentes. A primeira fala de seu estado de espírito que culmina com uma oração que descreve seus sentimentos mais profundos, e a segunda fala da maneira como Deus age em sua misericórdia a favor dos que o buscam de todo o coração.

“Das profundezas” (v.1), revela o estado profundo de anseio que ele tem pela resposta de Deus e de onde ele faz suas orações. É semelhante ao nosso “do fundo do coração”. É de lá que o salmista ora.

Sua oração está mesclada com mais dois sentimentos que expressam seu coração. Ele “espera” em Deus (v.5). Essa espera está fundamentada na palavra do Senhor, que faz promessas aos seus amados, e ele também “anseia” pelo Senhor (v.6). Este anseio é comparado aos que trabalham de noite como vigilantes, seguranças e policiais que aguardam quase que desesperadamente o dia amanhecer.

Nesta mescla de sentimentos do coração sua oração descreve as ações da misericórdia de Deus:

a)      Se o Senhor não fosse misericordioso, ao olhar para nossas vidas, Ele não poderia ser compassivo conosco por causa de nossas iniqüidades, por isso ninguém ficaria vivo, mas por sua graça infinita, Ele não faz assim. (v.3)

b)      A misericórdia dEle nos oferece seu perdão. Porque Deus é perdoador e compassivo, a única resposta que se deve dar ao ato misericordioso dEle a nosso favor é o temor. Temê-lo é resultado do reconhecimento da grandeza de seu perdão. (v.4)

c)      Aqui o texto fala a Israel, mas hoje, fala a todos os que creem em Cristo Jesus. O Deus das misericórdias derramou sobre nós, por meio de seu Filho “copiosa redenção” (v.7), e, por isso, sabemos que o poder de seu resgate (o preço que foi pago por nós) foi um ato de amor e nele nos alegramos todos os dias.


Bp. Carlos Carvalho

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Individualidade & Coletividade


Mateus 22.37-39

(37) Respondeu Jesus: "'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.
(38) Este é o primeiro e maior mandamento.
(39) E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo”. (grifo nosso)


INDIVIDUALIDADE & COLETIVIDADE

Não acredito que estas duas coisas sejam antagônicas, mas sim complementares. É certo dizer que os outros não sabem o que é melhor para mim, porque sou pessoa que sei pensar e escolher por conta própria, mas não é totalmente certo que sei o que é melhor para mim o tempo todo.

Quando digo que sei aquilo que é melhor estou partindo da premissa de minha exclusiva autossatisfação, e, portanto, está em foco apenas os meus desejos pessoais e meu prazer individual. A isso chamamos de hedonismo e esta forma de viver não nos serve de parâmetro para trazer o equilíbrio que é necessário entre o pessoal e o coletivo.
           
           Quando desejo algo somente pelo meu desejo de obter o que é melhor para mim, é possível que não esteja levando em consideração que possa estar prejudicando outra pessoa. Isso significa que escolher pela autossatisfação quase sempre tenderá a ser contrário ao outro, e, por isso mesmo, atentará contra o coletivo.

Se tenho individualidade, se sei escolher o que penso ser melhor para mim e não posso deixar de viver minha vida por mim mesmo(a), mas ao mesmo tempo sou um ser social, vivendo em companhia do outro e sendo responsável por minhas escolhas, preciso equilibrar estes dois importantes aspectos da vida. Qual a melhor forma para isso?

Acredito que Jesus, o Cristo já nos deu a resposta a quase dois mil anos atrás – e, sendo tão antiga, continua ainda válida. Ele nos ensinou a ajustar o privado e o público, o particular e o coletivo em uma de suas máximas mais poderosas. O texto acima nos revela o segundo mandamento: amar o próximo como nos amamos.

Se conseguirmos equilibrar dentro de nós estas esferas de nossa vida, o individual e o coletivo, através da utilização do principal mecanismo regulador que Ele nos mostrou, o amor, aí teremos alcançado o sucesso neste empreendimento. Mas lembre-se, isto só funcionará corretamente se entendermos e praticarmos o primeiro mandamento: amar a Deus acima de todas as coisas, incluindo acima de nós mesmos.



Bp. Carlos Carvalho

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

João 3


Leitura do Dia
Evangelho de João, capítulo 3

Destaco algumas frases de certos versículos da conversa entre Jesus e Nicodemos e de João, o batista e alguns judeus:

(16) Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
(17) Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.
(18) Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
(19) Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.
(36) Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

Preste atenção à força destas palavras. Por vezes só as consideramos positivamente, no que diz respeito à salvação que Jesus trouxe aos homens, mas o texto é muito mais profundo que isso.

Jesus é o amor de Deus, é a oferta de Deus e a salvação de Deus ao mundo perdido, mas também Jesus Cristo é o motivo pelo qual Deus condenará os seres humanos e o motivo porque a ira de Deus ainda está em operação hoje.

O fato de as pessoas não acreditarem em Deus e no seu ato de misericórdia faz com que Ele mantenha sua ira e a futura condenação ativas. Nossas mentes limitadas não conseguem compreender um Deus perfeito que sabe dosar amor e ira sem se tornar injusto, mas Ele sabe.

Estas coisas não foram escritas para controlar as pessoas pelo medo, mas para nos fazer temê-lo sabendo que Ele é bom, amoroso, porém, perfeitamente justo. Temer a Deus é aceitá-lo como Ele é e como Ele se revela, mesmo que não O compreendamos bem.


Bp. Carlos Carvalho

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O Inferno


INFERNO

Tenho assistido e lido às últimas mensagens sobre o inferno e a maioria delas tenta minimizar a sua realidade, diminuir a sua eficácia ou simplesmente dizer que ele não é real. O inferno pós-moderno é frio (não um fogo), é somente trevas (e não densa escuridão), é uma fraca separação de Deus (não uma condenação), é limitado (não eterno) ou irreal (apenas uma invenção).

Descrito destas formas, o efeito da condenação eterna de Deus na vida dos homens pecadores e transgressores, dos ímpios e dos que rejeitam ao Senhor, é um leve e momentâneo passeio longe dos olhos e da ira de Deus sem maiores consequências, incluindo as eternas.

Essas novas doutrinas de demônios e ensinos de espíritos enganadores são nada mais que a constante tentativa humana de livrar-se do julgamento de Deus e da eterna condenação por seus pecados revelados nas Escrituras Sagradas. Ensinam enganosamente estas heresias por dizerem que a doutrina do inferno é uma forma da igreja manipular pelo medo seus fiéis.

            E o pior de tudo isso é que estes perversos ensinos têm a aprovação e a voz de pseudocristãos, tão condenados quanto os que acreditam em suas palavras. Eis a exortação bíblica:

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 
(1 Timóteo 4.16)

Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo. 
(epístola de Judas v.9)

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. 
(2 Pedro 2.1,2)


Bp. Carlos Carvalho