"A palavra de Deus é viva, e eficaz, mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." Hebreus 4.12
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Alcoolismo, uma narrativa bíblica sobre o tema
O texto que transcrevemos aqui é
tão claro que dispensa explicações e considerações.
De quem são os ais? De quem as
tristezas? E as brigas, de quem são? E os ferimentos desnecessários? De quem
são os olhos vermelhos?
Dos que se demoram bebendo vinho,
dos que andam à procura de bebida misturada.
Não se deixe atrair pelo vinho
quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente!
No fim, ele morde como serpente e
envenena como víbora.
Seus olhos verão coisas estranhas,
e sua mente imaginará coisas distorcidas.
Você será como quem dorme no meio
do mar, como quem se deita no alto das cordas do mastro.
E dirá: "Espancaram-me, mas
eu nada senti! Bateram em mim, mas nem percebi! Quando acordarei para que possa
beber mais uma vez? "
Provérbios 23.29-35
(NVI)
Carlos Carvalho
Teólogo e Cientista Social
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Bonifácio, o homem que desafiou Thor
Bonifácio significa: "aquele
que faz o bem", seu nome verdadeiro era Vinfrido (Wynfrith ou Winfrid; com
o mesmo significado em anglo-saxão), também foi chamado de “Apóstolo dos
Germanos”. Contra a vontade do pai se devotou muito jovem ainda à vida
monástica. Estudou teologia nos mosteiros beneditinos de Adescancastre, perto
de Exeter, e de Nursling, entre Winchester e Southampton, tendo por mestre
neste último o abade Winbert, e ao final, tornou-se professor no mosteiro e
ordenado padre aos trinta anos. Alí foi o responsável pela escritura da
primeira gramática de latim produzida na Inglaterra.
Em 716 foi como missionário para
a Frísia, pretendendo converter os Frísios, habitantes locais que falavam um
idioma semelhante ao anglo-saxão que ele pregava, mas os seus esforços
redundaram em nada a partir do momento em que se declarou a guerra entre Carlos
Martel, prefeito do palácio do reino dos Francos, e Radbod, rei dos Frísios.
Retornou, por isso, ao seu mosteiro de Nursling.
Sua segunda missão ao continente
europeu iniciou-se em 718; foi a Roma, onde conheceu o Papa Gregório II, e para
que demonstrasse sua submissão à Diocese
de Roma, o Papa lhe impôs um novo nome, o de Bonifácio, e depois enviado à
Germânia, com a missão de a evangelizar e de reorganizar a Igreja nessa região
ainda bárbara.
Ao longo dos cinco anos seguintes, Bonifácio viajou por
territórios que modernamente fazem parte dos Estados alemães de Hessen,
Turíngia, e ainda pela região neerlandesa da Frísia; a 30 de Novembro de 722,
foi feito bispo de todos os territórios da Germânia que ele trouxera recentemente
para as mãos da Igreja.
Um acontecimento-chave da sua
vida ocorreu em 723, quando derrubou o carvalho sagrado dedicado ao deus Thor,
perto da moderna cidade de Fritzlar, no norte do Hesse, e construiu uma pequena
capela a partir da sua madeira, no local onde hoje se ergue a catedral de
Fritzlar, e aonde se viria a estabelecer a primeira sede de bispado na Alemanha
ao norte do antigo limes romano, junto do povoado fortificado franco de
Buraburgo, numa montanha próxima da cidade, junto do rio Éder. Este
acontecimento é considerado como o início formal da cristianização da Germânia.
A história da igreja conta que Bonifácio
viajou com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa Saxônia. Ele conhecia
uma comunidade de pagãos perto de Geismar que, no meio do inverno, realizavam
um sacrifício humano (onde a vítima normalmente era uma criança) a Thor, o deus
do trovão, na base de um carvalho o qual consideravam sagrado e que era
conhecido como “O Carvalho do Trovão”. Bonifácio, acatando o conselho de um
irmão bispo, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a
vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por
um raio lançado por Thor.
O bispo e seus companheiros
chegaram à aldeia na véspera de Natal, bem a tempo para interromper o
sacrifício. Com seu báculo de bispo na mão, Bonifácio se aproximou dos pagãos
que estavam reunidos na base do Carvalho do Trovão e lhes disse: “Aqui está o
Carvalho do Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o
deus falso”. O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno menino que
tinha sido entregue para o sacrifício. Mas, o Bispo estendeu seu báculo para
impedir o golpe e milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a
vida deste menino.
Logo, dizem que Bonifácio disse
ao povo: “Escutai filhos do bosque! O sangue não fluirá esta noite, a não ser
que piedade se derrame do peito de uma mãe. Porque esta é a noite em que nasceu
Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade. Ele é mais justo que
Baldur, maior que Odim, o Sábio, mais gentil do que Freya, o Bom. Desde sua
vinda, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão, é a
morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. Desta
forma, a partir de agora vocês começarão a viver. Esta árvore sangrenta nunca
mais escurecerá sua terra. Em nome de Deus, vou destruí-la”.
Então, Bonifácio pegou um machado
que estava perto dele e, segundo a tradição, quando o brandiu poderosamente ao
carvalho, uma grande rajada de vento atingiu o bosque e derrubou a árvore,
inclusive as suas raízes. A árvore caiu no chão, quebrou-se em quatro pedaços. O
“Apóstolo da Alemanha” continuou pregando ao povo alemão que estava assombrado
e não podia acreditar que o assassino do Carvalho de Thor não tivesse sido
ferido por seu deus.
Bonifácio olhou mais à frente
onde jazia o carvalho e assinalou um pequeno abeto e disse: “Esta pequena
árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite. Esta é
a madeira da paz…É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre
verdes. Olhem como as pontas estão dirigidas para o céu. Terá que chamá-lo a
árvore do Menino Jesus; reúnam-se em torno dela, não no bosque selvagem, mas em
seus lares; ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes
amorosos e gestos de bondade”.
Desta forma, os alemães começaram
uma nova tradição nessa noite, a qual foi estendida até os nossos dias. Ao
trazer um abeto a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar
o nascimento do Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o
que hoje conhecemos como a árvore de Natal.
De uma maneira mais “seca” em
outra narrativa podemos ler quase a mesma história sobre Bonifácio e a primeira árvore de Natal:
A história da festiva árvore
começa nas densas florestas da Germânia, no século VIII. O grande São
Bonifácio, bispo e apóstolo daquelas terras, havia então trazido um bom número
de tribos pagãs ao rebanho de Jesus Cristo. Mas seu labor não era fácil. Por
vezes, os conversos, cuja fé ainda era vacilante, recaíam nos perversos
costumes de seus antepassados.
Em certa ocasião, Bonifácio teve
de realizar uma longa viagem a Roma, onde fora pedir conselho ao Papa Gregório
II. Meses depois, ao retornar à região do Baixo Hesse, com horror surpreendeu
alguns nativos que estavam a ponto de realizar um dos holocaustos humanos
exigidos pela religião primitiva. Libertando nove meninos que seriam vítimas, o
zeloso bispo quis, então, dar um público testemunho de quão impotentes eram os
falsos deuses diante do Cordeiro de Deus.
Mandou abater o enorme carvalho
de Thor, sob o qual se realizaria o sangrento sacrifício. Os sacerdotes pagãos
o ameaçaram de ser fulminado pelos raios do deus do trovão. No entanto,
derrubada a árvore, nada aconteceu, para humilhação dos gentios.
Os relapsos se arrependeram, então, e muitos idólatras
pediram o batismo. A queda da árvore de Thor representou a queda do paganismo
naquelas regiões.
Os germanos, já então pacificados
e convertidos, adotaram o pinheirinho como um símbolo cristão. Ele sempre
aponta para o céu, e sua ramagem eternamente verde lembra-nos Aquele que nos
concedeu a vida eterna. Sob seus galhos já não há ofertas cruéis, mas sim os
presentes em honra de Cristo recém-nascido.
Carlos Carvalho
Teólogo
Fonte:
As fontes das histórias estão por toda a internet. Fiz uma
coletânea de algumas delas e compus o texto acima.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Cristãos, uni-vos!
CRISTÃOS, UNI-VOS!
Vejamos os dados reais da
população religiosa e não religiosa em nosso Brasil.
População brasileira atual: mais de 205 milhões de pessoas.[1]
Dados da população religiosa no Brasil Censo 2010[2]
nos mostra a tabela abaixo:
Tabela – Distribuição percentual da
população residente [...] segundo o grupo de religiões.
2010
|
100,0
|
Católica Apostólica Romana
|
64,6
|
Evangélicas
|
22,2
|
Espírita
|
2,0
|
Umbanda e Candomblé
|
0,3
|
Sem religião
|
8,0
|
Outras religiosidades
|
2,7
|
Não sabe/não declarou
|
0,1
|
Fonte: IBGE, Censo Demográfico
2000/2010.
Portanto, o percentual da população cristã brasileira,
incluindo todas as suas ramificações é de 86,8%, isto significa que mais de 177
milhões de brasileiros declaram crença no Cristianismo.
É um fato incontestável de que o Brasil é um país
cristão, mesmo que uma parte destes cristãos não sejam praticantes – é outro
assunto – também é verdadeiro que há minorias religiosas e não religiosas em
nosso país. Por isso é necessário que os cristãos se unam em síntese para:
1) Promover a paz inter-religiosa.
São os cristãos que devem primeiramente promover o diálogo para a liberdade
religiosa plena.
2) Os cristãos devem defender
seus direitos religiosos em todos os âmbitos do diálogo, tanto em fóruns, como
no Congresso Nacional.
3) Cristãos devem militar em
defesa dos grandes temas sociais, como o da preservação da vida, da erradicação
da pobreza, da mitigação da violência em todos os níveis, da igualdade entre os
homens e mulheres, da defesa da criança e da formação do adolescente, da
liberdade, da natureza, no combate a todas as drogas (lícitas ou ilícitas), no
combate ao abuso sexual de todos os moldes, no combate sequestro e
desaparecimento de crianças, no combate ao tráfico humano e de órgãos e assim
por diante.
4) Cristãos devem lutar por
políticas públicas que melhorem de fato a vida dos habitantes de nossa nação,
sem exclusão de pessoas.
5) São os cristãos que devem
estar na dianteira na luta dos direitos humanos, nas questões dos apenados, dos
órfãos, dos estrangeiros e na saúde.
6) Cristãos devem trabalhar em
parceria em todas as áreas científicas, do saber humano e da pesquisa
tecnológica e do progresso para o benefício da sociedade humana.
7) Devem unir-se na defesa dos
princípios cristãos da família, do casamento, do gênero, do convívio social, da
igualdade racial, da paz entre todos, da solidariedade, das Escrituras
Sagradas, do amor fraterno e da fé em Cristo.
8) Por fim, os cristãos devem
se unir à Academia, ao Governo e às Organizações Civis para impedir todo e qualquer
processo humano ou governamental que vise destruir o estilo de vida que o
Cristianismo ajudou a construir no mundo.
Cristãos, uni-vos!
Carlos Carvalho
Teólogo e Cientista Social
[1] Projeção da população do
Brasil. http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
[2]
Censo Demográfico 2010: Características Gerais da População, Religião e Pessoas
com Deficiência. http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd_2010_religiao_deficiencia.pdf
domingo, 29 de novembro de 2015
sábado, 28 de novembro de 2015
Estabelecendo a Lei.
Todos nós estamos debaixo da Lei moral de Deus, homens, mulheres, judeus e cristãos.
E todos devemos obediência a essa Lei.
E todos devemos obediência a essa Lei.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Deus conosco - Salmo 127
DEUS CONOSCO
Salmo 127
Este Salmo nos fala basicamente
de duas coisas: da presença de Deus nos empreendimentos humanos e da
descendência das pessoas.
A Presença de Deus
O texto é bem simples e diz mai
ou menos assim: se Deus não estiver presente naquilo que fazemos e se Ele não
for reconhecido em nossas vidas, estaremos inutilmente realizando as coisas, apenas mecanicamente, e, possivelmente não desfrutaremos dos totais benefícios
delas.
Em outras palavras, construir
casas, proteger o lugar onde vivemos e trabalhar extenuantemente, não trarão
recompensas verdadeiras sem que Deus tenha seu devido lugar em nossos corações
e atividades. O texto não está dizendo que não devemos construir, que não
devemos promover nossa segurança da maneira que pudermos nem que não precisamos
trabalhar, está dizendo que, em primeira instância, devemos colocar o Senhor
como princípio fundamental de tudo, senão, corremos o risco de tudo ter sido em
vão.
Descendência
Igualmente, os nossos filhos são
preciosos aos olhos do Senhor, não porque Ele deseje que “enchamos a terra” hoje com
inúmeras crianças e sem planejamento familiar, mas porque a vida gerada e a
vida que é representada neles vêm de Deus. No passado, ter muitos filhos era
sinal de riqueza para um homem por causa da quantidade de pessoas que estariam
envolvidas na construção, crescimento e enriquecimento dos clãs familiares.
Para a Escritura, ter filhos é
perpetuar seu legado e seu nome na terra. Ter filhos é honroso porque dá
continuidade à espécie humana. Ter filhos dá esperanças aos seres humanos que
ainda continuarão a existir no mundo. Ter filhos é como “lançar flechas”, ou
seja, desejamos que eles vão muito mais longe do que fomos. Num mundo como o
nosso, que parece que apenas existem dois extremos: ou (1) as pessoas fazem
filhos irresponsavelmente ou (2) resolvemos isso com o aborto, o texto nos
mostra a imensa responsabilidade de tê-los, como uma herança que vem de Deus e
que deve ser bem cuidada e como o legado bendito que devemos deixar à próxima
geração.
Carlos Carvalho
domingo, 22 de novembro de 2015
Afirmações de celebridades podem ser contestadas?
Afirmações de celebridades podem ser contestadas?
Daniela Mercury afirma na ONU que "Deus não é
homofóbico"
Esta é a frase que aparecia em
veículo de comunicação social na internet. A frase foi declarada pela cantora
Daniela Mercury, que é embaixadora do UNICEF e afirmou que "Deus não é
homofóbico" durante um evento na sede das Nações Unidas para defender os
direitos das pessoas LGBTI (cada vez mais a sigla aumenta) na América Latina.
O estranho é que seu papel de
embaixatriz da UNICEF não corresponde a esse tipo de agenda. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (em
inglês United Nations Children's Fund
- UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa
dos direitos das crianças, ajudar a
dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento,
portanto, não é uma agenda homoafetiva.
Como suas declarações foram mais
que públicas, foram veiculadas ao mundo, acredito que questionar qualquer uma
delas não deva me trazer processo judicial, nem ser tomado como um “palatino
preconceituoso em defesa do arcaico conceito religioso e fundamentalista
homofóbico”. Acho que dá para me livrar desta, espero. Analisemos as frases da
cantora:
“Deus não é homofóbico”
Ela está certíssima em fazer esta
afirmação. Nenhum cristão em sã consciência diria tal aberração acerca de Deus.
Deus não é homofóbico, simplesmente porque não é. Porém, aqui temos um dado
importante: Deus não ser homofóbico, não significa que apóia a homoafetividade.
São duas coisas bem diferentes, em outras palavras, não ser homofóbico, no caso
de Deus, não o transforma automaticamente em defensor das uniões homoafetivas.
Quando um juiz, que tem opiniões
firmes e contrárias acerca da homoafetividade, dá causa favorável a uma questão
homoafetiva, ele não se transforma em defensor da orientação LGTBI, nem
tampouco por ter opiniões pessoais divergentes se torna homofóbico, porém, ele
assume a posição neutra, pois terá que julgar de acordo com os autos e com a
Lei.
O caso de Deus é extremamente
semelhante. Deus está como neutro nesta circunstância pelo fato de que suas
leis e estatutos já preveem suas orientações sobre o caso. Deus não é
homofóbico, mas expressamente declara-se contrário à prática homoafetiva na
Escrituras que inspirou. É bem simples, portanto: a declaração da cantora está
correta, ela apenas não foi mais adiante no conhecimento de Deus, e isso
certamente conscientemente.
Ainda teríamos, prioritariamente,
que perguntar a que tipo de “Deus” a cantora se refere. Isto porque o Deus
judaico-cristão, que se revela na criação e na Escritura Sagrada, que deixou
parte de seus pensamentos e vontade impressos no registro histórico da Bíblia,
que tem leis, ordenanças, mandamentos e desejos bem claros quanto ao
comportamento do ser humano e que é anterior a tudo o que existe,
inequivocadamente não esse “Deus” inventado à revelia da mente dos homens e
mulheres do mundo. Depois ela soltou mais uma:
“Deus me fez como sou...”
É claro que por inferência Deus é
o criador do ser humano, mas isso de forma indireta. Deus só se envolveu
diretamente na criação do primeiro casal e deu a eles o privilégio de se
multiplicarem sobre o planeta, e isso tem funcionado bem até hoje. Porém, Deus
não fez a cantora como alguém gay, ela “descobriu” isso após muitos anos de
vida, e após ter sido casada duas vezes com homens e ter filhos. Só depois
disso “encontrou” a homoafetividade.
Se o Deus a quem ela se refere,
já vimos que, não sendo homofóbico, não apóia a homoafetividade, então Ele não
criou nem a cantora nem ninguém como LGTBI. Portanto, sua declaração é mais uma
coisa solta ao vento que carece de substância para ser verdade. Deus é criador
dos seres humanos, mas as escolhas deles não foram sancionadas nem aprovadas por
Deus. É preciso tratar essas declarações com duplo entendimento.
Isso é o mesmo que uma pessoa
psicologicamente comprometida, como um psicopata, um serial killer, um estuprador ou outro dizer que Deus o criou desta
forma, isso não é verdadeiro. Mesmo que a comparação seja brutal para algumas
pessoas, isso não remove o fato de que algumas vezes estas pessoas dizem
exatamente isso. Elas não sentem verdadeiramente a culpa pelos seus erros, mas
dizem que nasceram assim e que suas ações não poderiam ser controladas, pois
são parte de sua essência. Se Deus é criador direto deles, portanto, Deus é, em
última instância, o co-autor destes crimes.
Isto se converte num tremendo
absurdo de declaração, mas é exatamente assim que alguns sem entendimento
querem nos fazer acreditar. Por isso, dizer que Deus criou alguém de uma forma
bela, educada, bondosa e afins, não anula a mesma possibilidade de dizer que
Deus criou o outro como ignorante, criminoso e violento. Essa ambigüidade
possível não corresponde aos fatos da criação e atenta contra o arbítrio humano
que insiste em escolher uma vida separada deste Deus. Mas a cantora solta duas
frases bem contraditórias:
“Queremos direitos iguais, mas não queremos ser
iguais", e “diferentes nem opostos, são simplesmente pessoas".
Bem ao estilo daqueles que gostam
de criar confusões nos conceitos, sem, contudo, discernirem apropriadamente o
que dizem. Não é preciso muito para compreender que a cantora se atrapalhou nas
questões de identidade pessoal e coletiva. Somos seres únicos, porque não há
ninguém como o outro, e isso atesta a nossa individualidade como pessoas, mas
ao mesmo tempo, somos seres que desfrutam das mesmas características dos outros
seres humanos, e isso aponta para a nossa coletividade.
Dizer que “não queremos ser
iguais”, mas não sermos “diferentes nem opostos”, e ainda criarmos uma
classificação para isso, chamando de “pessoas”, é fazer duas coisas: a
primeira, um reducionismo da identidade a tal ponto que nos perdemos no
coletivo, e, consequentemente, não saberemos quem de fato somos, e segundo, dá
à coletividade, chamada apenas de “pessoas” uma prioridade e prevalecência
sobre a própria individualidade, fazendo com que, ao final, os direitos
pessoais desapareçam.
Uma frase desta, falada com tanta
simplicidade, sem medir as consequências, é no mínimo contraditória. Opostos
desta qualidade não se sustentam, se anulam a si mesmos. Não podemos afirmar
que a cor preta é a mesma que a branca, pois são diferentes, ainda que possam
“conviver” harmoniosamente no universo das cores, não são a mesma coisa. Cada
uma guarda sua individualidade e característica própria.
Uma contradição, na lógica
clássica, é uma incompatibilidade lógica entre duas ou mais declarações. Estas proposições,
quando feitas ao mesmo tempo, geram conclusões que formam inversões lógicas,
geralmente opostas uma da outra. A lei de Aristóteles da não-contradição afirma
que "Não se pode dizer de algo que é e que não é no mesmo sentido e, ao
mesmo tempo", ou seja, as afirmações acima da cantora são opostas, por
isso são contradições.
Finalizando
Finalmente, a pessoa com quem a
cantora se casou declarou que a homossexualidade sempre esteve presente na
história da humanidade, e pediu que a sociedade se preocupasse mais com a
violência e discriminação que existem no mundo e não com quem cada um ama.
Parecem ser bem colocadas e verdadeiras, mas precisam de mais clareza e
perspicácia.
A homossexualidade nem sempre
existiu na história da humanidade. É necessário ter todo o conhecimento da
história humana para fazer tal declaração e isso não é possível e jamais será.
Ninguém tem o conhecimento total da história da humanidade. Portanto, dizer
“que em toda a história”, não é verdadeiro, somente podemos dizer que na parte
dos registros possíveis que possuímos isso ou aquilo foi verificado, não mais.
Declarações totalizantes são tão ingênuas como perigosas.
Se voltarmos nos registros que
possuímos da história e neles incluindo a Bíblia, veremos que a
homossexualidade tem local e datas aproximadas de “aparecimento”. É quase
unânime citar a Grécia antiga como ponto de partida para a maioria dos
comportamentos homoafetivos, mas a Grécia surgiu de fato em uma data próxima de
700 anos antes de \Cristo, portanto, cerca de 2.800 anos atrás e com
pouquíssimo erro cronológico. Ao incluirmos o relato bíblico de Sodoma,
retroagimos no tempo em mais de 3.000 mil anos antes de Cristo. Neste caso,
faço um favor ao movimento mostrando data tão antiga. Mesmo assim, a
homossexualidade não existiu sempre na história humana, ela é antiga, mas não
uma constante.
A última frase que a companheira
da cantora é profundamente preocupante, não por ser perigosa, mas por ser sem
nexo. Veja bem, se devemos nos preocupar apenas com a violência e com a
discriminação, mas não com “quem cada um ama”, isso significa pelo menos outras
duas coisas: uma é que crimes passionais não seriam em última análise crimes.
Vemos e ouvimos todos os dias – todos os dias – nos meios de comunicação
pessoas que amam cometerem homicídio exatamente porque a quem eles amam não
lhes correspondem mais ao amor que oferecem. É precisamente esse “amor” que foi
ferido, que se vinga da ferida, matando quem lhe feriu, e, ainda declaram em
suas confissões que foi por amor que fizeram isso. Não vamos nem entrar nos
casos de homicídio seguido de suicídio, certo?
A segunda coisa é que a definição
de “amor” perde o senso de moral e sua referência maior, pois se “amar” tem seu
significado a partir da pessoa e não de algo externo a ela, alguém poderá “amar”
uma criança de qualquer idade e não ser pedófilo, alguém pode “amar” um gato e
ter relações sexuais com ele e está tudo dentro do “amor”. Tanto a pedofilia
quanto a zoofilia são comportamentos reprováveis do ponto de vista ético e
moral, religioso ou não, tanto no Oriente como no Ocidente. Então, dentro do
sistema civil, religioso, judicial e social, a preocupação com “quem eu amo”
não é desprovida de senso, mas uma preocupação legítima. Não é um policiamento
puritano, mas o resguardar de limites, que, se removidos, dão luz a todo tipo
de permissividade hedionda.
Pensem nisso!
Carlos Carvalho
Teólogo e Cientista Social
Fonte da matéria na rede social:
http://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias/daniela-mercury-afirma-na-onu-que-deus-n%C3%A3o-%C3%A9-homof%C3%B3bico/ar-BBng89r?li=AAaB4xI
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Creio num Deus...
Todo-poderoso, Criador de tudo o
que existe, originador da vida em todos os aspectos dela, mantenedor das leis
do Universo, invisível, magnífico, soberano, que se revela, onisciente e
onipresente.
Creio num Deus absoluto;
imutável, mas misericordioso; bondoso, mas justo; que se ira, mas compassivo;
uno e ao mesmo trino; que condena, mas perdoa; santo, eterno, autossuficiente e
observador das ações humanas.
Um Deus que detém um poder e
autoridade nestes níveis, não pode ser completamente explicado nem pela
Teologia, muito menos por qualquer Ciência humana. Um Deus perfeito que não
pode ser discernido por mentes imperfeitas.
Para um Deus assim, não há
limites, não há barreiras, não há leis fundamentais que não possam ser
quebradas por sua vontade e em qualquer tempo. Para um Deus assim, todos os milagres
descritos na Escritura Sagrada, incluindo a ressurreição, não são coisas
impossíveis ou improváveis, mas naturais.
Portanto, jamais haverá indícios,
evidências, provas ou produções do pensamento humano que possam desacreditar ou
determinar que as coisas que se referem a esse Deus não sejam verdadeiras ou
reais.
Creio num Deus que disse de si
mesmo:
Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a
quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo,
e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.
Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho
não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou
Deus.
Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa
fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?
Isaías 43.10-13
Carlos
Carvalho
Novembro de
2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Seja agradecido a Deus!
Salmo 136
Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque sua
misericórdia dura para sempre
(v.1)
SEJA AGRADECIDO A DEUS!
Esta é a tônica de todo este
Salmo. Dar a Deus graças por tudo o que Ele é e faz, desde o princípio do mundo
até hoje. A insistência repetitiva das palavras do versículo 1 é a ênfase na
importância de tributar ao Senhor louvor e gratidão porque, ainda que não vemos
perfeitamente, Deus agiu e age em nosso favor no momento oportuno.
Deus não é um mordomo no sentido
moderno, que faz tudo o que pedimos imediatamente e na hora que desejamos. Ele
se importa conosco, ouve as nossas orações e responde quando determina o
momento exato. O texto deixa claro que Deus age na história de seu povo quando
é estritamente necessário, ou seja, quando os livrou do Egito, quando abriu o
Mar Vermelho, quando derrotou os inimigos, quando os levou para a terra
prometida e assim por diante.
Os milagres de Deus como os
descritos nas Escrituras não são feitos como em uma linha de produção, são
raros e irrepetíveis, por isso, jamais iremos ver um Mar Vermelho se abrir
novamente, ou a ressurreição de Cristo, nem alguns dos milagres
extraordinários, no entanto, Ele continua a fazer milagres diariamente ainda,
quando vemos os testemunhos de curas, de livramentos e sinais. São os mais
comuns nos nossos dias, mas ainda são milagres de Deus.
Devemos nos alegrar e dar a Ele
ações de graças por seus milagres corriqueiros em nossas vidas, nos lembrar de
seus grandes milagres extraordinários do passado e saber que, se necessário,
Deus pode fazer quantos desejar hoje. Só devemos nos lembrar de uma coisa
incômoda: nas Escrituras, Deus só faz milagres na vida de seu povo e dos que
creem nele, em outras palavras, o Senhor não sai por aí fazendo milagres a
todos os habitantes do mundo, mesmo que muitos esperem por isso como
demonstração de Sua existência, Ele não age desta forma.
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se
aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreus 11:6
Seja agradecido ou agradecida a Deus todos os dias, até nos
mais difíceis, pois, mesmos nos piores dias, você ainda está vivo e viva para
poder lutar mais uma vez. Essa é a diferença de quem vence todas as dificuldades
pela fé ou de quem morre sabendo que lutou até o fim sem perder sua fé e
esperança.
Bp. Carlos Carvalho
terça-feira, 17 de novembro de 2015
De quem é a imagem, de quem é a semelhança?
De quem é a imagem, de
quem é a semelhança?
Salmo 135
Os ídolos das nações não passam de prata e ouro, feitos por
mãos humanas.
Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver;
têm ouvidos, mas não podem escutar, nem há respiração em sua
boca.
Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles
confiam.
(v.15-18)
O Salmo 135 é mais um convite
para louvar e engrandecer a YaHWeH, mas por dois motivos distintos. Primeiro pelo
tipo de Deus que se revela e age, e segundo, porque os povos têm deuses
inertes.
O Deus de Israel é diferente de
qualquer outro porque Ele agiu na História com grandes demonstrações de poder,
porque criou tudo o que existe nos céus e na terra, porque livrou o seu povo do
Egito, derrotou reis e estabeleceu a nova nação no lugar que escolheu. Por isso,
e se não houvessem mais motivos, Ele deveria ser louvado sempre. Mas não para
por aí.
Ele deve ser louvado porque os
outros deuses não são de fato deuses ou divinos, são construções da imaginação
e das mãos dos seres humanos (v.15), e, portanto, não têm vida em si mesmos. São
imagens que nasceram a partir da mente humana e, também por isso, são parecidos
com os seres humanos. Há, nos versos destacados acima, a descrição deles e uma
sentença contra os que os fazem e os que confiam nestas coisas.
Estes deuses-humanos, criados a
partir da imagem e da mente humana, possuem as mesmas características humanas
físicas, como boca, olhos e ouvidos, mas são apenas coisas inanimadas, que, sem
vida, não podem dar respostas efetivas aos que pedem auxílio a eles. Além
disso, são cobertos com pinturas e materiais valiosos para dar a aparência de
beleza, mas é somente uma beleza morta.
Ao fim, a sentença para os que as
constroem e confiam nestas imagens sem vida é a identificação total com elas,
ou seja, as pessoas se tornam a imagem das próprias imagens que construíram. Em
outras palavras, os que acreditam nelas, se tornam espiritualmente cegos, mudos
e surdos para o Deus verdadeiro. As imagens frias e sem vida passam a ter um
instrumento legítimo de expressão neste mundo, e isto significa que as pessoas perdem
sua própria identidade e a substituem pela devoção ao que criaram.
Por isso Deus deve ser louvado,
porque em nada Ele se parece com as construções da imaginação humana, não pode
ser representado por imagem alguma, é vivo e poderoso, age na história e em
nossas vidas e é Ele quem a todos dá a vida e o sustento. Quando estas pessoas
atribuem aos seus deuses ou às suas imagens amor e gratidão, pensando que elas lhes
responderam as petições, estão ignorando a bondade e a misericórdia de Deus que
lhes mantém a vida e desde sempre deu aos homens o devido sustento. Assim é
dito do Deus verdadeiro:
O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do
céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que
necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a
respiração, e todas as coisas;
E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar
sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os
limites da sua habitação;
Atos 17.24-26
A pior consequência que acontece aos que estão no caminho da
idolatria, da construção e da confiança nas imagens e no que simbolicamente
representam é o triste fato de que o ser humano, criado à imagem e semelhança
de Deus, ao perder essa imagem divina, criou para si sua própria imagem e semelhança,
os ídolos, as imagens. Uma queda e tanto!
Por isso somos todos convidados a louvar e a exaltar o
verdadeiro Deus que não é um produto da mente humana, mas o Designer do homem e do universo.
Bp. Carlos Carvalho
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Erguei as mãos...
Erguei as mãos...
Salmo 134
Eis aqui, bendizei ao SENHOR
todos vós, servos do SENHOR, que assistis na casa do SENHOR todas as noites.
Levantai as vossas mãos no
santuário, e bendizei ao Senhor.
O Senhor que fez o céu e a
terra te abençoe desde Sião
O Salmo 134 é um convite a louvar
e adorar a YaHWeH no culto que se oferece a Ele. É um chamado à oração ao Deus
da criação, e essa oração e adoração são feitas com toda a expressão da alma e
do corpo. Esse ato se torna mais visível na cão de erguer as mãos a Ele.
Erguer as mãos sempre foi basicamente
símbolo de duas situações humanas. A do ato de adorar à divindade – mesmo nos
casos dos pagãos, que em parte isso hoje foi substituído pelas expressões de
levantar as mãos para os ídolos em shows (o princípio é o mesmo), como
manifestação de amor por aquele(a) a quem se admira – e do ato infantil de
pedir o colo a um dos pais – e isso se refere à busca de carinho, amor e
representa também dependência.
Na primeira carta de Paulo a
Timóteo, capítulo 2, versículo 8, temos o desejo do apóstolo revelado para que
os irmãos da igreja orem em qualquer lugar que o façam, com as motivações
corretas em seu interior (sem ira e sem contendas) e levantem as mãos como
expressão desse ato de adoração a Deus.
Embora alguns escritores bíblicos
tendam a minimizar e “espiritualizar” a prática, referindo-se a ela como apenas
um símbolo de santidade da vida dedicada a Deus e que não é um pré-requisito para
se fazer orações eficazes, isso não altera em nada a verdadeira significância
de se levantar as mãos em oração e adoração ao Senhor.
Somos convidados nas Escrituras
Sagradas a render adoração e fazer orações das mais diversas a Deus e a também
demonstrar o nosso amor, a nossa admiração e a nossa dependência dEle como
crianças que pedem o colo dos pais. Isso não nos diminui como pessoas e não
deve nos envergonhar por fazê-lo. É ato de profundo amor e respeito a Deus, que
nos criou e em Seu Filho nos amou.
E disse: Com toda a certeza
vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo
algum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 18.3
Bp. Carlos Carvalho
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
A Confiança
Salmo 131.2
“...fiz calar e sossegar a minha
alma; como criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa
criança é a minha alma para contigo.”
A CONFIANÇA
Este salmo é de Davi. É lindo e
edificante estudar os salmos com a simplicidade e a profundidade que eles
merecem. São declarações de almas que estão vivendo e experimentando emoções,
circunstâncias adversas ou não, em momentos felizes ou de tristeza e assim por
diante. Os salmos são produzidos na alma humana que ora a YaHWeH em qualquer
situação de sua vida, boa ou ruim.
Este salmo específico nos
demonstra a confiança que Davi tem no Senhor por saber que Deus supre e suprirá
as suas necessidades quando elas acontecerem. No versículo 1, Davi inicia com
humildade sua oração declarando que dentro de si o seu coração está em paz,
tranqüilo e que seus anseios por grandeza, algo que alcança a todos os homens,
já cessou.
O verso 2, então, descreve como
ele se sente agora que está em paz, como uma criança desmamada, ou seja, que já
não mama mais no seio de sua mãe. O que isso significa? Que a criança que não
mama mais não entra em desespero por querer saber como é que vai se alimentar a
partir do momento que seu sustento materno lhe é tirado.
Ao contrário, a criança continua
no mesmo descanso no colo da mãe porque instintivamente sabe que será
alimentado na hora certa. Assim Davi se sente diante de Deus, como uma criança
segura que a mãe cuidará sempre e jamais deixará com fome ou passar por
qualquer outra necessidade.
É assim que se confia em Deus: como uma criança confia
plenamente em seus pais. Foi assim eu Jesus, Senhor nosso nos ensinou a ser:
e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se
convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o
maior no Reino dos céus.
Mateus 18.3,4
Bp. Carlos Carvalho
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Salmo 130 - As Misericórdias de YaHWeH
Salmo 130
As Ações da
Misericórdia de YaHWeH
A oração deste salmista se
desenrola em duas frentes. A primeira fala de seu estado de espírito que
culmina com uma oração que descreve seus sentimentos mais profundos, e a
segunda fala da maneira como Deus age em sua misericórdia a favor dos que o
buscam de todo o coração.
“Das profundezas” (v.1), revela o
estado profundo de anseio que ele tem pela resposta de Deus e de onde ele faz
suas orações. É semelhante ao nosso “do fundo do coração”. É de lá que o
salmista ora.
Sua oração está mesclada com mais
dois sentimentos que expressam seu coração. Ele “espera” em Deus (v.5). Essa
espera está fundamentada na palavra do Senhor, que faz promessas aos seus
amados, e ele também “anseia” pelo Senhor (v.6). Este anseio é comparado aos
que trabalham de noite como vigilantes, seguranças e policiais que aguardam
quase que desesperadamente o dia amanhecer.
Nesta mescla de sentimentos do
coração sua oração descreve as ações da misericórdia de Deus:
a)
Se o Senhor não fosse misericordioso, ao olhar
para nossas vidas, Ele não poderia ser compassivo conosco por causa de nossas
iniqüidades, por isso ninguém ficaria vivo, mas por sua graça infinita, Ele não
faz assim. (v.3)
b)
A misericórdia dEle nos oferece seu perdão.
Porque Deus é perdoador e compassivo, a única resposta que se deve dar ao ato
misericordioso dEle a nosso favor é o temor. Temê-lo é resultado do
reconhecimento da grandeza de seu perdão. (v.4)
c)
Aqui o texto fala a Israel, mas hoje, fala a
todos os que creem em Cristo Jesus. O Deus das misericórdias derramou sobre
nós, por meio de seu Filho “copiosa redenção” (v.7), e, por isso, sabemos que o
poder de seu resgate (o preço que foi pago por nós) foi um ato de amor e nele
nos alegramos todos os dias.
Bp. Carlos Carvalho
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Individualidade & Coletividade
Mateus 22.37-39
(37) Respondeu Jesus: "'Ame o Senhor, o seu Deus de todo
o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.
(38) Este é o primeiro e maior mandamento.
(39) E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo”. (grifo nosso)
INDIVIDUALIDADE &
COLETIVIDADE
Não acredito que estas duas
coisas sejam antagônicas, mas sim complementares. É certo dizer que os outros
não sabem o que é melhor para mim, porque sou pessoa que sei pensar e escolher
por conta própria, mas não é totalmente certo que sei o que é melhor para mim o
tempo todo.
Quando digo que sei aquilo que é
melhor estou partindo da premissa de minha exclusiva autossatisfação, e,
portanto, está em foco apenas os meus desejos pessoais e meu prazer individual.
A isso chamamos de hedonismo e esta forma de viver não nos serve de parâmetro
para trazer o equilíbrio que é necessário entre o pessoal e o coletivo.
Quando desejo algo somente pelo meu desejo de obter o que é
melhor para mim, é possível que não esteja levando em consideração que possa
estar prejudicando outra pessoa. Isso significa que escolher pela
autossatisfação quase sempre tenderá a ser contrário ao outro, e, por isso
mesmo, atentará contra o coletivo.
Se tenho individualidade, se sei
escolher o que penso ser melhor para mim e não posso deixar de viver minha vida
por mim mesmo(a), mas ao mesmo tempo sou um ser social, vivendo em companhia do
outro e sendo responsável por minhas escolhas, preciso equilibrar estes dois
importantes aspectos da vida. Qual a melhor forma para isso?
Acredito que Jesus, o Cristo já
nos deu a resposta a quase dois mil anos atrás – e, sendo tão antiga, continua
ainda válida. Ele nos ensinou a ajustar o privado e o público, o particular e o
coletivo em uma de suas máximas mais poderosas. O texto acima nos revela o
segundo mandamento: amar o próximo como nos amamos.
Se conseguirmos equilibrar dentro
de nós estas esferas de nossa vida, o individual e o coletivo, através da
utilização do principal mecanismo regulador que Ele nos mostrou, o amor, aí
teremos alcançado o sucesso neste empreendimento. Mas lembre-se, isto só
funcionará corretamente se entendermos e praticarmos o primeiro mandamento:
amar a Deus acima de todas as coisas, incluindo acima de nós mesmos.
Bp. Carlos Carvalho
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
João 3
Leitura do Dia
Evangelho de João, capítulo 3
Destaco algumas frases de certos
versículos da conversa entre Jesus e Nicodemos e de João, o batista e alguns
judeus:
(16) Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho
Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
(17) Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar
o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.
(18) Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está
condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
(19) Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens
amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.
(36) Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o
Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.
Preste atenção à força destas
palavras. Por vezes só as consideramos positivamente, no que diz respeito à
salvação que Jesus trouxe aos homens, mas o texto é muito mais profundo que
isso.
Jesus é o amor de Deus, é a
oferta de Deus e a salvação de Deus ao mundo perdido, mas também Jesus Cristo é
o motivo pelo qual Deus condenará os seres humanos e o motivo porque a ira de
Deus ainda está em operação hoje.
O fato de as pessoas não
acreditarem em Deus e no seu ato de misericórdia faz com que Ele mantenha sua
ira e a futura condenação ativas. Nossas mentes limitadas não conseguem
compreender um Deus perfeito que sabe dosar amor e ira sem se tornar injusto,
mas Ele sabe.
Estas coisas não foram escritas
para controlar as pessoas pelo medo, mas para nos fazer temê-lo sabendo que Ele
é bom, amoroso, porém, perfeitamente justo. Temer a Deus é aceitá-lo como Ele é
e como Ele se revela, mesmo que não O compreendamos bem.
Bp. Carlos Carvalho
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